O BIZARRO MUNDO QUÂNTICO

Dupla fenda

Se você iluminar com uma luz brilhante um pedaço de cartolina com um pequeno orifício (furo de um alfinete, por exemplo) a luz sofrerá difração e aquele pequeno furo será como uma pequena fonte de luz. Agora coloque um outro pedaço de cartolina com dois pequenos furos no caminho da luz que emana do primeiro furo. Finalmente coloque um terceiro pedaço de cartolina branco sem furos, para servir de tela. Faça tudo isso em uma sala escurecida e você perceberá que na tela se formará um típico padrão de interferência.
Esse experimento é conhecido como “a fenda dupla” e foi concebido por Thomas Young com o propósito de mostrar o comportamento ondulatório da luz. Realmente, a luz deveria ser uma onda e não uma partícula como queria o inoxidável Isaac Newton.
Em uma outra ocasião irei mostrar também que o triunfo da teoria ondulatória da luz conquistado por Young durou pouco. O efeito fotoelétrico colocou o modelo ondulatório em xeque.
Em um sistema quântico, você nunca pode ter certeza do resultado de um experimento. O máximo que podemos fazer é calcular as probabilidades de obtermos um ou outro resultado. Hoje em dia conseguimos facilmente lançar elétrons de um em um, com a frequência que desejarmos. Quando um único elétron se depara com os dois orifícios - contanto que ninguém “olhe” pra ele - padrões de interferência insistem em se formar na tela do experimento. O elétron parece passar pelos dois orifícios ao mesmo tempo, e ainda ao emergir do outro lado dos orifícios, ele interfere consigo mesmo! Formando assim o padrão observado.
Algo mais estranho ainda acontece quando alguém resolve bisbilhotar e tenta descobrir por qual das fendas o elétron passa: o elétron resolve esconder o jogo e simplesmente deixa de se comportar como uma onda e volta a ser a partícula que Sr. Isaac Newton imaginara. Os detectores de elétrons que você instalou detectam que a metade deles passou por um dos orifícios e a outra metade pelo outro e o padrão de interferência desaparece. De alguma forma, o ato de observar, com qualquer instrumento de medição, interfere no sistema e ele passa a agir diferente.


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